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Este blog voltou à ativa, crianças!

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Crônica suja

Ruas escuras, ruas imundas, lixo e luxúria Escrever algo bonito em meio a toda essa feiúra Um belo cenário para compor uma crônica Bancar o sentimental jamais, não é minha tônica A visão da miséria humana sempre proporciona grandes idéias para a literatura O que subverte e desmoraliza eleva o espírito criativo a grandes alturas É como o estrume que aduba e fortifica as mais belas rosas Nesse ambiente pesado poderia ficar na fossa Chamei o garçom e lhe pedi uma cerveja Um baixinho careca de grande presteza Ao meu lado um bêbado que poderia estar em um hospício Do outro lado da rua uma prostituta em seu antigo ofício Após uma cerveja e mais outra e outra mais Realmente já não me sentia capaz De minha crônica suja escrever Pois na sujeira eu vim a me meter

1.001 mortes (escrito em 16/12/1995, com adaptações)

Pensar na morte é ultimamente A minha nova mania, estou doente Me sinto cercado, me sinto perdido Não sou amado, não sou querido Já pensei em me matar com uma guilhotina Ou talvez com uma faca Tramontina Quem sabe? Esmagar a cabeça como gelatina Choque elétrico seria demorado Será que daria prá morrer tostado? Quem sabe? O certo é: seria enterrado Veneno, um gole fatal No copo, uma bebida letal, legal! Um tiro na cabeça, cérebro no chão Dentro da cabeça, bala de três-oitão Mas tesão é pular dum prédio comprido E me quebrar no chão como vidro.